terça-feira, 30 de junho de 2015

Mantra.

Ia te escrever ontem, mas não deu.
Sei lá, a inspiração não veio. E foi não por falta de tentativas. Respirei ares, bebi água e um café, mas ela não deu as caras. Marquei a folha com o pulso e acabei riscando de caneta, sem querer, o meu lençol. Ela não veio porque não quis vir.
Ou talvez, porque sabia que eu precisaria do hoje. Provavelmente foi o que aconteceu.
Gosto dos seus olhos, especialmente. Eles transbordam confiança e criatividade, essa é a sua melhor parte. Ah, e o seu sorriso... ele tem uma fã.
Eu te idealizei, da primeira a última hora. Você não correspondeu as minhas expectativas, coisa que (eu tenho plena convicção, devo dizer) não tinha responsabilidade de fazer. Você não disse.
Ainda sim, te amei ontem. Das 8 as 23, hora em que fui dormir.
Mas hoje de manhã já não te amava mais.
"Não foi amor", alguns diriam. Mas ainda que curto, foi doce e intenso, como todo amor é.
Eu senti, e rotular "o que é amor e o que não é" parece errôneo. Ainda que você tenha estado na mesma sala que o amor, ainda que o tenha visto se apresentar, todo dia, durante anos... Amores são diferentes. Eles não tem uma caixa padrão. Vem em embrulhos e pacotes diferentes, para que cada um saiba qual é o seu ou o que deseja.
Então, essa carta vai pra todos os amores do mundo, que se espalham como água. Todos são lembrados e admirados por mim. Amo os amores e os amantes.
O amor que você viveu, ou vive, é só seu. Nunca deixe que o enfiem em uma caixa que não lhe pertence. A única pessoa que sabe as dimensões exatas do seu amor é você, só você pode embala-lo. Singular.
Te amei ontem, das 8 as 23.
Infinitamente.
Tanto que senti seu cheiro, meu coração doeu e fiquei sem ar. E eu gostei da sensação.
Foi amor, sem dúvida.
Te amei ontem, das 8 a meia noite. Acabei de lembrar que, ontem, demorei um pouco mais para dormir.

See you soon.

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